Nuno Júdice e Lídia Jorge dois astros mundiais das letras em Querença
A Fundação Manuel Viegas Guerreiro (FMVG) foi palco, no passado sábado, de uma cerimónia de evocação a Nuno Júdice, com a presença da viúva Manuela Júdice, filha e netos.
A sessão ficou marcada pela leitura do ensaio de Lídia Jorge, pela própria: Nuno Júdice – A Constelação Perfeita e por outras leituras. Exemplo disso, a do texto As rochas permanecem indiferentes à nossa memória, por Ricardo Marques, curador da exposição de homenagem ao escritor, no Festival Literário Internacional de Querença (FLIQ) de 2019.
Na cerimónia de evocação a Nuno Júdice, Manuela Júdice partilhou a mensagem de tributo enviada por Guilherme d’Oliveira Martins, administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.
O poeta e tradutor Ricardo Marques, leu ainda uma selecção de poemas retirados da antologia do escritor, poeta e ensaísta natural da Mexilhoeira Grande, Portimão.
A convite da Fundação, Patrícia de Jesus Palma, investigadora, apresentou o livro Festival Literário Internacional de querença: Catálogo 2019. A historiadora do livro co-organizou as duas primeiras edições do encontro literário, em 2016 e 2017, tendo também assegurado a exposição de homenagem a Casimiro de Brito, falecido em Maio deste ano e de Teresa Rita Lopes, respectivamente.
A sessão, que abriu com música de Helena Madeira, contou ainda com a presença dos autarcas de Loulé e Portimão, da Assembleia Municipal de Loulé, CCDR Algarve – Unidade de Cultura, do antigo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, entre muitas outras personalidades. Ao todo, cerca de cem pessoas se reuniram em torno do legado de Nuno Júdice, falecido em Março deste ano.
No final da sessão, o presidente da Fundação, João Silva Miguel, anunciou publicamente o próximo FLIQ para o primeiro semestre de 2015 e o nome da futura homenageada, a escritora Lídia Jorge: «Uma das nossas escritoras maiores, a nível regional, do país, mas também do mundo.» – salientou.
A cerimónia encerrou no exterior da Fundação com O Poeta, um poema de Nuno Júdice, lido pela neta. O poema pode ser visto num dos bancos exteriores da Praça da Fundação, ao lado de um outro banco que guarda o poema “Caos do Sonho”, de Gastão Cruz, escritor homenageado pela FMVG no FLIQ, em 2018.
A sessão de tributo a Nuno Júdice teve o apoio da Câmara Municipal de Loulé e da União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim.