A Fundação

Possui cada região sua especificidade geográfica e o homem, que nela se cria, particular cultura. (…) Nenhum projecto de desenvolvimento será viável se não se tiver em conta essa personalidade cultural.

MANUEL VIEGAS GUERREIRO, 1987

 

A freguesia de Querença está inserida na Rede Natura 2000 e compartilha o território com dois Sítios Classificados, a Rocha da Pena e a Fonte da Benémola, onde também se inscreve a Via Algarviana. Caracteriza-se por uma biodiversidade mediterrânica singular e pela abundância da água, ou não nascesse aqui o maior aquífero do Algarve: Querença-Silves.

É neste cenário de elevado valor patrimonial, natural e cultural, que se desenha a actividade da Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Localizada na zona de transição do barrocal para a serra, numa propriedade com cerca de 5 ha, a Fundação detém um excelente complexo cultural com bibliotecas, colecções de fotografia, pintura e artesanato, um magnífico auditório e um restaurante de gastronomia regional.

 

Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará.

CÍCERO (106 a.C. – 43 a.C)

 

Aqui não falta. Esse jardim chama-se Percurso Eco-Botânico e homenageia um dos grandes precursores da ecologia em Portugal, brilhante académico, primeiro Reitor da Universidade do Algarve e filho de Querença: Manuel Gomes Guerreiro.

Razões de sobra para que o livro constitua o elemento catalisador de todo o movimento cultural que se gera a partir da Fundação, de Querença, território de baixa densidade.

O FLIQ – Festival Literário Internacional de Querença, que se transforma em livro a cada edição de três dias, é epítome desse ADN.

O Patrono, Manuel Viegas Guerreiro: Mestre de humanidade (José Barata-Moura), estudioso incurável e curioso (Richard Kuba), fazedor de pontes (Lucinda Fonseca), amante de todas as liberdades (Luís Raposo), alimenta o gizar e o escavar da Fundação.

A partir dos ensinamentos do Professor promove-se o desenvolvimento humano, como um todo universal, num processo que não exclui nada ou alguém.

 

A cultura aprende-se, é um bem social, não se nasce com ela. E imagine-se quanto se tem aprendido fora da escola, ao longo de cerca de 1 milhão de anos, desde que um ser antropomorfo foi tocado pela centelha da inteligência, e se pensa a si próprio. A leitura, a escrita, poderão ter apenas uns 6000 anos!

MANUEL VIEGAS GUERREIRO, in No Jardim da Escrita

 

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