FLIQ 2017 – Conferencistas e intervenientes

CONFERENCISTAS E INTERVENIENTES

ANTÓNIO BRANCO

Actor entre 1979 e 1983 no Teatro do Mundo, em Lisboa, António Branco licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da UL. Foi professor nos ensinos básico e secundário e assistente estagiário no Departamento de Estudos Portugueses da Universidade da ásia oriental (Macau, 1990-1991). Em 1991 começou a dar aulas na Universidade do Algarve na área de Estudos Literários. Doutorou-se em Literatura Portuguesa Medieval na UAlg, onde é, desde 2003, professor associado em Didácticas das Línguas e das Literaturas da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Realizou aí a sua agregação em Comunicação, Cultura e Artes, mais precisamente na área do Teatro, em que lecciona e investiga. Com vários cargos assumidos nesta Academia é, desde 2013, reitor da Universidade do Algarve.

Presidirá à sessão de abertura de LITERATURA E SOCIEDADE: PONTES LITERÁRIAS DE SOLIDARIEDADE

ANTÓNIO COVAS

Doutorado em Assuntos Europeus pela Universidade de Bruxelas (1987) é, desde 2000, professor catedrático da Universidade do Algarve. Entre 1990 e 1995 foi Pró-Reitor e Vice-Reitor da Universidade de Évora e entre 1995 e 1999 assessor ministerial. Tem 12 livros publicados na área dos Estudos Europeus e 12 livros publicados na área dos Estudos Rurais e Territoriais, para além de inúmeros artigos. Foi ainda Conselheiro Nacional de Educação e Vogal do Programa Operacional do Algarve entre 2008-2014. Para além dos assuntos europeus, a sua investigação centra-se na construção social de territórios-rede e na concepção e implementação de economias de rede e visitação.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

ANTÓNIO ROCHA

Desde os 18 nos Fuzileiros, António Rocha ingressou na Polícia Marítima com 25 anos. Um sonho que se concretizou. ao longo de 29 anos de serviço tem feito parte de operações de combate ao narcotráfico, controlo de fronteiras marítimas, fiscalização da atividade pesqueira e de salvaguarda da vida humana no mar. Das Operações Frontex, de resgate no Mediterrâneo, ainda recorda o que sentiu na primeira noite: o dever de missão cumprida, por ter estado presente e participado no salvamento de 58 pessoas. Voluntário nestas missões, destaca a da Grécia, 90 dias. O estado do mar, o idioma e a cultura são as principais fronteiras que separam quem quer ajudar e quem precisa de ser salvo. Uma bagagem que tenta não trazer para casa. Apesar disso, guarda o lado gratificante do seu trabalho, o orgulho pessoal e o olhar de gratidão das centenas de pessoas que ajudou a sobreviver.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

CARLOS BRITO

Carlos Brito, político e escritor nasceu em 1933 em Moçambique. Passou a infância e parte da juventude em Alcoutim, no Algarve. é casado, tem duas filhas e três netas. Estudou no ICL, actual ISCAL e exerceu a profissão de contabilista. Muito cedo começou a escrever e a publicar na imprensa, ao mesmo tempo que se envolvia profundamente na resistência à ditadura fascista. Foi preso pela PIDE por três vezes num total de mais de oito anos de prisão, seis anos e meio na cadeia do Forte de Peniche. Viveu mais de 10 na clandestinidade. Foi dirigente destacado do PCP, antes e depois do 25 de Abril. Deputado à Assembleia Constituinte e, a seguir, durante 15 anos, deputado à Assembleia da República e presidente do Grupo Parlamentar do PCP. Candidato à Presidência da República, em 1980, e director do jornal Avante!, entre 1992 e 1998. Auto-suspenso do PCP desde 2002, foi fundador e é dirigente da Associação Política Renovação Comunista. Agraciado, em 1997, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante e, em 2004, com a Ordem da Liberdade – Grande Oficial, também recebeu a Medalha de Prata do município de Alcoutim. Tem 14 livros publicados. Da poesia à ficção, das memórias políticas a uma monografia sobre o Algarve. Presente em diversas obras colectivas, está representado como poeta em várias antologias. Tem colaboração em numerosas publicações nacionais e estrangeiras.

Participará na Homenagem a TERESA RITA LOPES

CATHERINE DUMAS

Catherine Dumas é professora emérita de língua e literatura portuguesas na Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3. É autora da primeira tese de doutoramento em França sobre a obra da romancista portuguesa Agustina Bessa-Luís e de um livro sobre a mesma autora, Estética e Personagens (Campo das Letras, 2001). Interessa-se particularmente pelo cruzamento das escritas do íntimo e do discurso poético, nas questões de género e no diálogo entre os textos literários e a filosofia no âmbito da literatura-mundo. Publicou numerosos artigos sobre a ficção contemporânea e a poesia portuguesas e brasileiras. Traduziu do português para o francês, poesia, ficção, teatro e diários.

Participará na Homenagem a TERESA RITA LOPES

CLARA ABEGÃO

Clara Abegão nasceu em Abrantes mas licenciou-se no Algarve, em Ensino de Biologia e Geologia. O seu interesse pelo desenvolvimento pessoal levou-a pelo caminho das causas humanitárias, colaborando com várias instituições e organizações. Voluntária na Plataforma de Apoio aos Refugiados, fez parte do grupo de portugueses que realizou o primeiro curso e-learning “Par(A)colher Melhor – Acolhimento e Integração dos Refugiados em Portugal” (2016). Seguiram-se outras formações. Docente em Faro, implementou na escola secundária Pinheiro e Rosa o projecto Erasmus+KA2 In a far away land; refugee children, que visa sensibilizar a opinião pública e a comunidade escolar para o acolhimento e integração de REFUGIADOS, um projecto que desenvolve ao lado de Olga Martins e em parceria com escolas de Itália, Grécia, Roménia e Turquia. Clara Abegão acredita que promovendo uma cultura de paz, solidariedade e respeito por outros povos e culturas, é possível prevenir o racismo e a xenofobia, e fomentar a promoção da justiça, da liberdade e dos direitos humanos. Em Abril esteve com seis alunos no campo de refugiados grego Veria, a norte de Salónica, naquela que diz ser “a experiência de uma vida”

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

CLARA SEABRA

O meu nome é Maria Clara Ferreira Seabra Sá. Nasci no Luso em 1948. Frequentei Filosofia em Coimbra até 1969. Passei um ano em Cabo Verde como professora de Português. Saí do País em 1972, tendo vivido alguns meses em Paris, na Holanda, Guiné Conacri, Guiné-Bissau e, dos finais de 1975 a 1988, em Cabo Verde, onde fui professora de Português e, durante o último ano, responsável do Programa de Educação para a Saúde. Regressei a Portugal, em finais de 1988. De 1990 a Dezembro de 2011, trabalhei no Jornal Expresso. Actualmente estou reformada. Conheci a Professora Teresa Rita Lopes em 1991, quando me inscrevi no curso livre de Literatura do Departamento de Românicas da Universidade Nova. Desde há algum tempo, venho prestando apoio informático ao projecto de edição de textos de Fernando Pessoa em que a Professora está envolvida.

Participará na Homenagem a TERESA RITA LOPES

CLÁUDIO TORRES

Arqueólogo nascido em Tondela, 1939, Cláudio Torres licenciou História de Arte pela Universidade de Bucareste (1973). Doutor Honoris Causa pelo Universidade de Évora é, actualmente, director do Campo Arqueológico de Mértola. Exerceu funções de assistente da Faculdade de Letras de Lisboa entre 1974 e 1986, de director do Parque Natural do Vale do Guadiana e de Presidente do Comité Português do ICOMOS (Comité Internacional dos Monumentos e Sítios). Recebeu o Prémio Pessoa em 1991. Pertenceu ao Comité do Património Mundial da UNESCO durante o ano 2000. Foi comissário científico da exposição Portugal Islâmico – os últimos sinais do Mediterrâneo (Lisboa, 1998). Faz parte da Comissão Científica em Portugal do projecto “Museu sem Fronteiras”. Publicou: Cerâmica islâmica portuguesa (1987), “O Gharb al Andalus” na História de Portugal, dirigida por José Mattoso (1993), História de Arte Portuguesa, dirigida por Paulo Pereira (1995) e O Legado islâmico em Portugal (1998), a quatro mãos com Santiago Macias.

Presidirá à sessão de abertura UM PRIMEIRO OLHAR SOBRE A SERRA.

DULCE PRATES

Professora de Língua Portuguesa na Escola Profissional D. Francisco Gomes do Avelar da Santa Casa da Misericórdia de Faro, Dulce Prates acolheu, em contexto de sala de aula, o primeiro grupo de refugiados no Algarve (2016). Ensinou Português quando ainda nem havia um currículo lectivo criado para estes alunos estrangeiros. Ainda hoje dá aulas a Mohammed Alanisi, 21 anos, Irão, também participante deste Painel.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

HELENA BARROCO

Diplomata portuguesa, PhD em Filosofia da Física Quântica (Universidade de Louvain-la-Neuve, Bélgica), Helena Barroco é assessora de Jorge Sampaio e colabora na Plataforma Global de Apoio aos Estudantes Sírios desde a génese do Programa, sendo também secretária-geral da IPSS criada para o efeito.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

JOÃO LUIZ

Encenador e director artístico do Pé de Vento, João Luiz esteve oito anos exilado em Bruxelas, participando na fundação de grupos de teatro. O primeiro espectáculo é pedra de toque com o FLIQ/17: “Os Três Fósforos”, de Teresa Rita Lopes, na altura proibido pelo Regime. Seguiram-se outros espectáculos, também com poesia de ANTÓNIO ALEIXO. Antes de regressar a Portugal, integra o Théâtre-Poème, com o qual ainda mantém colaboração. Em 1978 funda a Companhia Profissional de Teatro Pé de Vento, ao lado de Maria João Reynaud, Manuel António Pina, entre outros. No mesmo ano, ajuda a fundar o CPTIJ – Centro Português de Teatro para a Infância e a Juventude. Já encenou mais de 70 peças de teatro encomendadas e foi responsável por espectáculos resultantes de várias adaptações de textos de escritores portugueses e estrangeiros. Presente em Encontros e Festivais Nacionais e Internacionais, acumula a programação do Teatro da Vilarinha. Representa Portugal em congressos mundiais, colóquios e festivais de vários países.

Participará na homenagem a TERESA RITA LOPES

JOSÉ GAMEIRO

Presidente do Júri do Prémio Museu Europeu do Ano (EMYA – European Museum of the Year Award) e Museu Conselho da Europa, desde 2015, José Gameiro é director científico do Museu de Portimão. Mestre em “Gestão e Administração do Património Cultural” pela Universidade do Algarve, pertence à Direcção da Comissão Portuguesa do Conselho Internacional dos Museus (ICOM-PT), 2017/2020. Consultor da Secção dos Museus, da Conservação e Restauro e do Património Imaterial do Conselho Nacional de Cultura (desde 2010) para o qual foi nomeado na qualidade de “personalidade de reconhecido mérito” e membro fundador da Rede Portuguesa de Museus (2000) e da Rede de Museus do Algarve (2007). Tem exercido as funções de museólogo, formador e professor nas áreas da museologia e do património industrial, sendo responsável pela coordenação e programação das exposições, projectos e actividades parcerias nacionais e europeias do Museu de Portimão.

Presidirá à sessão de encerramento do FLIQ/17 com a questão MUSEU SEM FRONTEIRAS?

LILIANA PALHINHA

Oriunda de famílias de Santa Bárbara de Nexe, nasceu em Faro, onde viveu até completar o Liceu, tendo rumado depois a Lisboa, para fazer estudos superiores. Enquanto estudante de Direito, envolveu-se activamente nos movimentos estudantis dentro e fora da Faculdade, contra a Guerra e o Regime. No dia 25 de Abril de 1974 estava numa cela de isolamento na cadeia de Caxias. Fez a sua vida profissional na Magistratura do Ministério Público, em Alcácer do Sal, Setúbal e em vários Tribunais de Lisboa. Por último, no Centro de Estudos Judiciários como responsável da formação nos Tribunais da área da grande Lisboa, tendo-se então dedicado também ao desenvolvimento de projectos de âmbito cultural naquela instituição. De licença sem vencimento desde finais de 2004, por razões pessoais/familiares, regressou ao Algarve tendo criado, em Faro, o Pátio de Letras – um projecto de divulgação e dinamização cultural associado a uma livraria, o qual acabaria por encerrar em 2014. Em 2016, fez um breve – mas intenso – período de voluntariado na Grécia, concretamente em Idomeini (a dias da evacuação compulsiva do campo), em Lesbos e em Atenas, experiência de que foi dando conta em crónicas no Facebook e em algumas palestras. Manteve-se desde então ligada a diversas plataformas de coordenação e informação do voluntariado independente na Grécia, sendo co-administradora do Information Point for Northern Greece Volunteers. Tem colaborado em iniciativas de divulgação e campanhas de financiamento de organizações de voluntariado independente na Grécia e Sérvia e planeia voltar ao terreno no Outono de 2017.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

MANUEL ALEGRE

Manuel Alegre estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um activo dirigente estudantil. Apoiou a candidatura do General Humberto Delgado. Foi campeão nacional de natação e atleta internacional da Associação Académica de Coimbra. Dirigiu o jornal A Briosa, foi redactor da revista Vértice e colaborador de Via Latina. A sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial levam o regime de Salazar a chamá-lo para o serviço militar em 1961. Mobilizado para Angola um ano depois, dirige uma tentativa pioneira de revolta militar. é preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante 6 meses. Na cadeia conhece escritores angolanos como Luandino Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Colocado com residência fixa em Coimbra, acaba por passar à clandestinidade e sair para o exílio em 1964. Dono de uma voz que é símbolo de resistência e liberdade, assina o seu primeiro livro Praça da Canção, 1965, apreendido pela censura. Os seus poemas foram cantados por Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Luís Cília. Regressa a Portugal no pós-25 de Abril. Autor do preâmbulo da Constituição de 1976, soma variadíssimos lugares na vida democrática do país. Candidatou-se como independente às presidenciais de 2006, tendo obtido mais de um milhão de votos. é sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências. Em Abril de 2010, a Universidade de Pádua inaugura a Cátedra Manuel Alegre, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas. Em Maio de 2016, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou: “Portugal também foi grande e é grande porque Manuel Alegre é português”. Alegre tem sido distinguido por inúmeras condecorações, medalhas e prémios literários. A sua obra, reconhecida nacional e internacionalmente, tem edições em diversas línguas, nomeadamente italiano, espanhol, alemão, catalão, francês, romeno e russo. O livro Senhora das Tempestades vendeu 14 mil exemplares num mês. Cão como nós vai na 2.ª  edição em língua portuguesa.

Participará na homenagem a TERESA RITA LOPES

MANUEL MOYA

Poeta, romancista e crítico literário, Manuel Moya publicou mais de uma dezena de livros de poesia. Traduziu grande parte da obra de Fernando Pessoa. Soma vários prémios literários, entre os quais o da Cidade de Córdoba (1997), Leonor (2001), Fray Luis de León (2010) ou HH. Machado (2014). A sua antologia Habitación con islas foi traduzida para francês e português. O livro da sua heterónima Violeta c. Rangel, La posesión del humo (1997) é estudado em universidades espanholas e norte-americanas. Publicou três livros de contos: La sombra del caimán (2006), Cielo municipal (2009) e Caza mayor (2014, Prémio da Crítica de Andalucía). Autor dos romances La mano en el fuego (2006), La tierra negra (2008), Majarón (2009) e Las cenizas de Abril, Prémio Quiñones de novela, (Alianza, 2011), integra inúmeras exposições colectivas de narração e poesia, tanto em Espanha como no estrangeiro

Participará na homenagem a TERESA RITA LOPES

MARIA JOÃO SERRADO

Maria João Serrado é professora de Português do Ensino Básico e Secundário. Mestre em Literaturas Românicas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2007), com a dissertação Os caminhos da voz – a polifonia da escrita de Rui Nunes. Investigadora do grupo IEMO – Grupo Interdisciplinar de Estudos Pessoanos e Modernistas do Centro de História d’Aquém e d’Além Mar (CHAM – FCSH/NOVA-UAc) – dedica-se ao estudo da obra pessoana e da sua recepção por outros criadores. Tem participado em congressos e colóquios e publicado artigos sobre o assunto em revistas da especialidade.

Participará na homenagem a TERESA RITA LOPES

MOHAMMED ALANASI

Como qualquer outra criança, Mohammed jogava “às escondidas” e à bola. Em casa havia livros nas prateleiras e quem lesse histórias. Completou o 1.º ano de escolaridade no Irão. Um dia descobriu que o pai tinha outra família e foi atrás dele. Legalizou a sua permanência mas, quando regressou a casa, percebeu que tinha perdido o direito de cidadania (e muito mais). Antes de terminar a estadia máxima de três meses no seu país de origem rumou à Europa para rectificar o seu registo junto de autoridades estrangeiras. Está no Algarve há um ano, após três meses de viagem: Turquia, Ilha de Samos e Atenas, Grécia. Quando não está a trabalhar, a tríade futebol, ginásio e música ajudam-no a sobreviver à distância da mãe e restantes familiares, todos no Irão. Poliglota por natureza, aprende português mas também sabe inglês, curdo, árabe. Persa é a sua língua materna. Quer aprender alemão, francês e espanhol. Adepto das redes sociais considera-as uma boa ferramenta para criar laços. é o que continua a fazer: conquistar amizades num país que lhe transmite muita paz. Planos maiores? Não se aventura a traçar. Como qualquer outro refugiado deseja acima de tudo, voltar para casa.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

MOHAMMED TAREK SAIED

Tarek, como é conhecido, tem 21 anos, é sírio e estudante universitário. Chegou ao Algarve no início do ano lectivo 2014-2015 e faz parte do grupo de alunos apoiados pela Plataforma Global de Assistência aos Estudantes Sírios, criada por Jorge Sampaio um ano antes. Quando percebeu, em 2013, que o seu país “tinha acabado”- como descreve – procurou refúgio na Turquia. Terminou o 1.º ano. Longe das suas origens, aprendeu a gostar de Portugal onde tem primos no mesmo programa de estudo. Apesar de saber ler e escrever em português, prefere o inglês como ponte para as leituras e para a comunicação, com destaque para as redes sociais, onde domina a língua materna. Ainda sem grandes planos definidos para o futuro, pensa aprender espanhol e assumir uma posição de entreajuda no mundo do trabalho, depois terminar o curso de Ciências Farmacêuticas na UAlg.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

OLEKSII

Natural da Crimeia.

SILVIA QUINTEIRO

Sílvia Quinteiro é professora coordenadora na Universidade do Algarve, na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa, mestre em Literatura Comparada pela Universidade de Lisboa e doutorada em Literatura Comparada pela mesma Academia. Membro do Conselho Científico do Centro de Estudos Comparatistas da UL e do Conselho Científico da revista Dos Algarves: A Multidisciplinary e-Journal. Tem como principais interesses de investigação a Literatura Comparada e a relação entre Literatura e o Turismo, sendo autora de várias publicações científicas nacionais e internacionais nestas áreas: (com Rita Baleiro) Lit&tour: Ensaios sobre literatura e turismo, Literatura e Turismo: Viagens, Relatos e Itinerários, Literatura e Turismo: Turistas, Viajantes e Lugares Literários, entre outras. Lecciona Língua Portuguesa a REFUGIADOS na Universidade do Algarve.

Participará no Painel ZONAS DE DESCONFORTO

TERESA CARVALHO

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre em Poética e Hermenêutica, Teresa Carvalho prepara doutoramento na mesma área. Investigadora do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra e do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Letras, tem privilegiado a literatura portuguesa moderna e contemporânea e a literatura na sua relação com as Artes. A sua prática ensaística encontra-se dispersa por estudos introdutórios, prefácios, volumes colectivos, jornais e revistas (Autores, Biblos Delphica, Colóquio/Letras, Humanitas, Jornal de Letras, Jornal i, Românica, etc.). Colabora actualmente com o Departamento de Promoção Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores e com o Jornal i.

Participará na homenagem a TERESA RITA LOPES

TERESA TITO MORAIS

Teresa Tito Morais é presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento fundada em 1991 que representa, em Portugal, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Activista pelos Direitos Humanos e dos Refugiados e pela criação de mecanismos sólidos e facilitadores do acolhimento e integração dos refugiados em Portugal, viveu a privação da liberdade e o exílio antes da implementação do regime democrático no país. Tem um percurso dedicado à causa dos refugiados que lhe valeu o reconhecimento na esfera académica, pública e privada.

Participará no Painel ZONAS DE (DES)CONFORTO

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